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Avanço nas negociações: EUA eliminam taxas adicionais de 40% sobre café, carnes e frutas brasileiras

  • siteviveragro
  • 23 de nov.
  • 2 min de leitura

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Em um movimento que traz fôlego renovado ao setor agropecuário brasileiro, o governo norte-americano anunciou a suspensão das alíquotas extras de 40% incidentes sobre uma ampla gama de mercadorias exportadas do Brasil.


A decisão, formalizada por meio de uma diretiva presidencial, abrange mais de 200 categorias de itens alimentícios e agrícolas, incluindo destaques como grãos de café, cortes de carne suína e bovina, polpa de açaí, sementes de cacau, bananas frescas, tomates processados, coco desidratado, amêndoas de castanha-do-pará, erva-mate e uma variedade de condimentos naturais, a exemplo de pimenta-do-reino, casca de canela, extrato de baunilha, cravos-da-índia e noz-moscada moída.


Essa exceção ao recente "tarifaço" imposto pelo presidente Donald Trump restabelece as condições comerciais vigentes antes da escalada protecionista, promovendo maior equilíbrio no fluxo de trocas bilaterais.


Diferente de uma resolução anterior, que atenuou as taxas de 50% para 40% em torno de 200 bens comestíveis de múltiplas nações, esta iniciativa é direcionada exclusivamente ao parceiro sul-americano. Ela expande a relação de isenções pré-existentes, que já contava com perto de 700 entradas, e é justificada pela administração Trump como resultado de "avanços promissores" nas tratativas diplomáticas, ancoradas em uma ligação telefônica entre o mandatário republicano e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, datada de 6 de outubro.


Para o agro brasileiro, o alívio chega em hora estratégica. Os Estados Unidos figuram como o maior destino para o café nacional, absorvendo aproximadamente 16% do volume embarcado anualmente – um mercado que registrou uma queda abrupta de 50% nas aquisições entre agosto e outubro deste ano, em relação ao mesmo período de 2024, justamente por conta das barreiras tarifárias.


Da mesma forma, os Estados Unidos ocupavam a vice-liderança como comprador de carne bovina brasileira, importando 12% do total exportado antes das restrições, o que tornava o setor vulnerável a perdas bilionárias em receitas e empregos rurais.


Marcos Matos, à frente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), chamou a novidade de "uma vitória coletiva e um adianto de festas natalinas para todos os envolvidos na cafeicultura". Ele destacou o impacto positivo para os cafés premium e sustentáveis, cuja demanda nos EUA impulsiona práticas ecológicas nas lavouras de Minas Gerais e Espírito Santo.


A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) emitiu nota oficial parabenizando o esforço diplomático, ao passo que a Brazil Specialty Coffee Association (BSCA) enfatizou a correção de "distorções artificiais" entre o maior produtor global de café e seu principal importador, prevendo um "renascimento" nas exportações de variedades especiais.

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